O endereço comercial de uma mineradora na rua Desembargador Jorge Fontana no bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, está entre os seis imóveis buscados pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) na manhã desta quarta-feira (9) para cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos em favor da operação “Ouro Negro”.
Diretores da mineradora e um geólogo por ela contratado são suspeitos de participação em crimes de extração ilegal de minério e depredação do meio ambiente. Além da sede da mineradora no Belvedere, campos de extração em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, também são buscados durante a movimentação desta manhã. As residências dos gestores da companhia e do próprio geólogo são igualmente alvos de cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
Uma investigação da Polícia Civil que se estendeu no decorrer de três meses encontrou indícios de que a mineradora teria expandido de forma irregular uma área de extração de minério, operando em uma região na qual ela não tinha licença. De acordo com o delegado Luiz Otávio Braga Paulon, a polícia atua com a hipótese de que os crimes de depredação da flora e extração ilegal aconteciam há cerca de um ano.
A operação na manhã desta quarta-feira conta com 80 policiais e é coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) com apoio da Coordenação Aerotática (CAT) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core). Algumas horas após ingressarem no edifício onde a mineradora atua no bairro Belvedere, agentes saíram com sacos lotados por pastas e arquivos que podem ser úteis para a investigação. Imagens registradas pela própria Polícia Civil no interior do prédio mostram a varredura atrás dos papéis ali guardados.
Informações detalhadas sobre a investigação serão repassadas na tarde desta quarta-feira (9) pelo delegado na sede do DEMA no bairro Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.