A prática vem se tornando cada vez mais comum e está tirando o sossego dos moradores com a prática de aceleradas e manobras barulhentas.
Moradores da Avenida Paulo Camilo Penna, no Belvedere, estão bastante incomodados com barulho provocado por rachas e outras modalidades provocados por motoristas durante os fins de semana e também nos feriados. A prática vem se tornando cada vez mais comum e está tirando o sossego alheio. Além de veículos esportivos como Misserati, Porshe e Farrari, algumas motos com “descarga livre ou cano torbal”, os famosos canos de descarga barulhentos, estão entre os responsáveis pelos barulhos estrondosos que vêm incomodando a população do Belvedere.
Segundo informou o morador Olinto D´Ávila Neto, são jovens que desviam seu caminho e acessam a avenida para praticar aceleradas e manobras barulhentas. Ele conta que esses motoristas descem a Avenida Paulo Camilo Penna, fazem loucas frenagens nos quebra-molas e, em seguida, aceleram o carro com a máxima potência até chegar em outro quebra-molas e contornar a rotatória.
“Estamos em isolamento social e desejamos mais sossego, tranquilidade. E o que assistimos são rachas nos acordando pela madrugada afora, aceleradas com longos roncos de motores. Ninguém suporta mais tanto barulho”, reclamou Olinto D’Ávila. Na última semana, a mãe do morador, de 86 anos, estava na varanda de seu apartamento durante uma tarde ensolarada quando foi surpreendida pelo estrondoso barulho dos veículos, ficando bastante assustada.
Ainda segundo o morador, também na última semana, um veículo não conseguiu fazer a manobra e acabou colidindo com a calçada e jogando o poste de sinalização da BHTrans no chão. Ele comenta que os veículos são muito rebaixados, incompatíveis com as ruas da cidade.
A Associação de Amigos do Belvedere já foi informada sobre o problema e já está tomando medidas cabíveis, buscando apoio junto à BHTrans e a Guarda Municipal, para coibir ações como essa que tiram a tranquilidade dos moradores.
O barulho emitido fora das normas de trânsito estabelecidas em lei é insalubre. Aliás, já existem regulamentações sobre esses impactos, previstas no Código Brasileiro de Trânsito (CBT) e no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), e o assunto é passível de fiscalização e multas.